I Samuel 22 – A corrupção do coração humano contra o Senhor

 

I Samuel 22 – A corrupção do coração humano contra o Senhor 

Então disse Saul a seus servos que estavam com ele: Ouvi, agora, benjamitas! Acaso o filho de Jessé vos dará a todos vós terras e vinhas, e far-vos-á a todos chefes de milhares e chefes de centenas, para que todos vós tenhais conspirado contra mim, e não haja ninguém que me avise de ter meu filho feito aliança com o filho de Jessé, e não haja ninguém dentre vós que se doa de mim, e me participe o ter meu ilho sublevado meu servo contra mim, para me armar ciladas, como se vê neste dia?” I Samuel 22.7-8.

Saul estava desesperado para matar Davi 

Após tantas desobediências e rebeldias da parte de Saul, o Senhor o rejeitou como rei sobre Israel, e com isso escolhe a Davi. Saul, embora tivesse sido rejeitado pelo Senhor porque ele mesmo rejeitou o Senhor, ainda era o rei e seria até o dia de sua morte, Deus sempre cumpre a promessa e sua Palavra, então Saul, viveria como rei até o que em que morresse, no entanto, Saul não se atentou para isso, e tão pouco se arrependeu de ter se desviado do caminho do Senhor, pelo contrário, ele continuou se afastando de Deus e se fazendo inimigo do Senhor e do servo escolhido de Deus.

Davi se tornou um guerreiro muito hábil, o Senhor era com ele e o abençoava em todas as batalhas, o trazendo para Israel vitorioso e livrando Israel das mãos dos inimigos. Davi era destemido para os homens, porém, era temente e fiel a Deus. Ele foi perseguido por Saul por duas razões, inveja e cobiça.

Saul invejou Davi quando ouviu os cânticos que se espalhava por Israel, dizendo que Saul derrotou os milhares e Davi dez milhares. A inveja tomou conta do coração de Saul e ele colocou em seu coração e pensamentos que Davi tomaria o reino dele. Davi fora escolhido pelo Senhor para ser o próximo rei de Israel, porém, ele não daria um golpe em Saul. Saul fora ungido rei sobre o povo, e ele exerceria esse mandato até o dia em que morresse, Davi somente seria o novo rei após a morte de Saul, mas ele (Saul), teve inveja dos feitos de Davi. Teve inveja de como Davi era visto e respeitado pelo povo, como ele se tornou querido pelos seus filhos – Jonatas e Mical – como os soldados respeitavam e seguiam a Davi. Isso fez com que Saul o invejasse a ponto de desejar matá-lo, pois, Saul achava que matando a Davi, toda essa atenção, carinho, amor e respeito voltariam para ele, quando na verdade, todos teriam medo de serem o próximo alvo do rei.

Saul cobiçou o amor e respeito que Davi tinha e mais, ele cobiçou o poder que ele mesmo tinha como rei, não admitindo que um dia ele não seria mais rei. Saul não compreendia que o dia que ele morresse seu reinado também acabaria, e como se deixou levar pelo poder, ganância, arrogância e cobiça, ele queria passar isso aos filhos. Seus próprios filhos reconheciam que Davi era um líder, quem saia a frente de todos e levava todos à vitória nas batalhas. Saul não reconhecia que o tempo dele estava acabando e um dia de fato e inevitavelmente acabaria. Ele queria perpetuar seu reinado, porém, Samuel mesmo já tinha dito que por ele rejeitar o Senhor, Deus o rejeitou como rei sobre Israel, mas não o tinha rejeitado como filho.

Hoje vemos essa história se repetir em nossas vidas. Muitas pessoas invejam e cobiçam o temos, o que conquistamos, mas temos vivido isso com as autoridades, que devido cobiçarem e invejarem o poder, têm se deixado corromper.

Saul chegou a um ponto de cegueira pelo poder que, ordenou a morte dos sacerdotes do Senhor. Ele mandou que os soldados matassem os sacerdotes, aqueles que pregavam e ensinavam a Palavra de Deus; os soldados, se recusaram por temerem o Senhor, por serem fieis, porém, um homem se corrompeu, acreditando que ganharia a atenção e gratidão do rei, que seria posto como chefe sobre uma companhia de soldados, que seria exaltado por ter cumprido a ordem maligna do rei, e matou oitenta e cinco sacerdotes. Saul ainda destruiu a cidade matando homens, mulheres e crianças, todos inocentes e que nem mesmo sabiam o motivo da sentença de morte. Tudo o que temos vivido. Homens corrompidos pela sede de poder, matando pessoas por desejarem mais poder.

Em nossos dias temos vivido a maldade humana ao extremo, autoridades que não se importam com o povo, usando as pessoas e suas vidas para imporem suas ordenanças malignas, submetendo o povo ao sofrimento, somente para mostrar que eles têm poder. Deixando pessoas morrerem para ganharem riquezas, usando a vida das pessoas para se autopromoverem e assim, ganharem dinheiro, não se importando com a vida de ninguém, mas, ordenando a matança de inocentes nas cidades e matando os sacerdotes de Deus. Calando quem prega a Palavra da salvação, e muitos têm executado a ordem desses homens por acharem que terão alguma vantagem, que receberão algo em troca por acobertarem e ajudarem a subjugar o povo como temos visto. 

O povo precisa clamar a Deus pela libertação!

Deus avisou que o povo sofreria quando eles escolheram ter um rei sobre eles. Deus avisou que eles passariam por momentos difíceis, porém, eles disseram, “não importa, teremos um rei sobre nós” (I Samuel 8.19), o resultado, Saul destruiu uma cidade inocente, mandou matar pessoas inocentes porque em sua mente corrompida, se ele matasse a Davi, ele voltaria a ter todo o poder e todos o seguiriam cegamente, quando na verdade, todos não aguentavam mais tê-lo como rei, e desejavam alguém melhor e que se importasse com o povo.

Deus avisou que um rei traria sofrimento para a nação, porque sendo homem, ele poderia se corromper. O Senhor sempre cuidou do povo, desde que saíram do Egito, sempre levantou servos fieis e com o coração disposto a servir o povo e clamar a Deus, a obedecer o Senhor, para que liderassem a nação, no entanto, o povo desejou ser como os demais povos, e isso os levou ao sofrimento, pois, assim como nos demais povos, os reis cobiçavam poder e cada vez mais poder, assim também aconteceu com Saul, que se corrompeu e esqueceu do Senhor e do seu povo.

Os líderes dos povos hoje têm agido como Saul, se esqueceram de Deus. Rejeitaram a Deus e se desviaram do bem. Somente desejam poder e mais poder, e para alcançar esse poder, eles não se importam se é necessário matar inocentes, eles impõem o medo e se tornam tiranos para subjugar as pessoas e assim se fazem autoridades, mas não são mais reconhecidos, nem pelas pessoas, tão pouco por Deus. No entanto, por que Deus não nos liberta dessa tirania?

A resposta é simples: Porque as pessoas não querem ser libertas, elas, mesmo com o sofrimento, querem um rei.

Quando Deus avisa o que o rei traria sobre o povo, o sofrimento, o povo diz não se importar, e assim tem sido. O povo parou de consultar o Senhor e deu ouvidos somente aos homens. O povo parou de orar ao Senhor pelas autoridades, com a desculpa de que “não se mistura política com religião”, tanto religião quanto política são destrutivas, pois ambas cegam e pervertem os corações humanos, no entanto, buscar o Senhor e pedir que Deus oriente e guia as autoridades, não é misturar um com o outro, mas sim, cuidar do bem da nação.

Temos culpa do sofrimento porque temos rejeitado o cuidado do Senhor e deixado os homens fazerem o que desejam sem nos importarmos, é mais fácil culpar uma autoridade pelo mal do que admitir que nós somos culpados desse mal.

Precisamos nos arrependermos dos nossos atos errados, pedir perdão a Deus pelas nossas escolhas erradas, e clamar pela libertação da nação. 

Ø  Até quando deixaremos as autoridades corrompidas matar os sacerdotes de Deus, calar os pregadores da Palavra da Salvação e matar inocentes para perpetuarem o poder pervertido deles?

Ø  Até quando continuaremos a nos abster da culpa pelo sofrimento que temos vivido?


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