Jó 6 – Verdadeiro Amigo, Deus que não abandona


Jó 6 – Verdadeiro Amigo, Deus que não abandona

Ao que desfalece devia o amigo mostrar compaixão; mesmo ao que abandona o temor do Todo-Poderoso”. Jó 6.14.

O amigo ama em todo o tempo; e na angústia nasce o irmão”. Provérbios 17.17.

Jó estava sendo acusado por seus amigos de ter pecado e assim, merecido o que estava acontecendo a ele. Os amigos, que deveriam estar ali para consolá-lo, para dar uma palavra de conforto, tentar de alguma maneira amenizar a dor que ele sentia, estavam agindo de forma contrária, acusando-o de ter cometido pecado e merecido aquela situação. Hoje em dia isso acontece também, muitas pessoas, algumas que se “dizem” amigos, nos acusam quando algo ruim acontece em nossas vidas. Somos acusados a todo tempo, e quando alguma coisa adversa ocorre, ouvimos de pessoas muito próximas, muitas vezes considerados amigos íntimos, que nós cometemos pecado e merecemos aquele sofrimento ou situação por termos errado para com Deus. Mentira! Isso quem faz é o inimigo, que nos acusa e procura todas as maneiras de nos culpar e dizer que as coisas que estamos enfrentando é vinda de Deus para nos castigar. Deus não faz o mal a ninguém, “Essa é a mensagem que d’Ele ouvimos e vos anunciamos: Deus é luz, e n’Ele não há trevas nenhumas”. 1 João 1.5.
Jesus é a Luz do mundo, o Salvador, Ele se entregou na cruz para nos salvar da morte, se Ele se sacrificou para nos salvar e dar vida, como poderia fazer o mal para nós? Impossível! Se Deus quisesse nos castigar por causa dos nossos erros, Ele não teria enviado Jesus para morrer na cruz por nós. Vemos como o diabo é perverso, sempre tentando distorcer os feitos de Deus para conosco, a humanidade se deixa enganar facilmente porque acreditam em tudo o que ouvem e não buscam conhecer a verdade, não buscam conhecer a Deus, “Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que Eu Sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Jeremias 9.24.
Se Deus é juízo e justiça, como poderia nos castigar por nossos erros? Jamais! Ele nos ensina a enfrentarmos as consequências dos erros e escolhas que fazemos, porém, jamais nos castigará porque pecamos, pelo contrário, Ele está ao nosso lado para nos ajudar e sustentar enquanto enfrentamos as consequências que o pecado gera, e quando nos entregamos verdadeiramente a Ele, Deus faz o milagre e nos livra daquele sofrimento. Deus não é trevas para fazer o mal! Isso é o inimigo quem induz o homem a pensar para fazer a humanidade se voltar contra o Senhor, e muitas vezes usa pessoas para nos provocar à irá contra nosso Deus. Precisamos ter cuidado, porque alguns, que usam em vão o nome do Senhor, se aproximam com palavras duras falando como se fossem donos da verdade e como se Deus tivesse mandando, porém são falsos profetas, não são usados pelo Espírito Santo de Deus para nos ajudar, mas sim pelo diabo para nos acusar e destruir nosso relacionamento com Jesus. Sempre que Deus enviava um profeta, não era para amedrontar ou ameaçar povo, mas sim para alertar sobre as consequências que o pecado do povo traria sobre eles, vemos isso no livro de Jeremias, onde o profeta pregou por quarenta anos alertando o povo e eles não ouviram a Palavra do Senhor, quando foram levados cativos, se revoltaram contra Deus, porém, o Senhor havia alertado muitas vezes revelando o que aconteceria se o povo não se arrependesse dos pecados, e mesmo no cativeiro, em nenhum momento o Senhor os abandonou, pelo contrário, ainda levantou profetas, Ezequiel e Daniel, e usou servos fiéis para mostrar ao povo da Babilônia o poder do verdadeiro Deus, (exemplos dos amigos de Daniel na fornalha ardente e de Daniel na cova dos leões, entre outros).

Qual é a minha força, para que eu espere? Ou qual é o meu fim, para que me porte com paciência? É a minha força a força da pedra? Ou é de bronze a minha carne? Na verdade não há em mim socorro nenhum.” Jó 6.11-13.
Jó reconhece que ele não pode fazer nada por ele mesmo, que sem Deus ele não é nada. Quantas vezes, em meio ao desespero das situações que enfrentamos, nós queremos fazer algo por nós mesmos? Queremos resolver a situação por nossa força? E quem somos nós para agir assim? Ninguém. Nada. Quando agimos dessa forma somente nos desesperamos mais, porque muitas vezes pioramos a situação. Precisamos aprender a depender de Deus, não que depender de Deus seja ficar sem fazer nada, precisamos sim ter atitude e fazer a nossa parte, porém, quando dependemos de Deus, buscamos os conselhos do Senhor para agirmos de forma que não nos leve a uma situação pior. Esperar em Deus é buscar entender a vontade d’Ele e buscar ouvir Seus conselhos e voz nos dizendo o que devemos fazer.
Às vezes buscamos conselhos com pessoas que não são os verdadeiros amigos e muitas vezes, também não são guiados por Deus para nos ajudar. “Meus irmãos houveram-se traiçoeiramente, como um ribeiro, como a torrente dos ribeiros que passam, os quais se turvam com o gelo, e neles se esconde a neve; no tempo do calor vão minguando; e quando o calor vem, desaparecem do seu lugar… Agora, pois, tais vos tornastes pare mim; vedes a minha calamidade e temeis”. Jó 6.15-17;21.
Os amigos de Jó quando o viram na situação em que estava, temeram. Tiveram medo e espanto por ver um homem, que antes era procurado por muitos para receberem conselhos, que era tido como sábio e bom exemplo, na situação em que ele se encontrava naquele momento, leproso, uma doença considerada maldição naquela época, sem nada os seus bens, sem seus filhos, totalmente decaído. E em vez de tentarem de alguma forma consolar o amigo, que sofria, eles o acusavam de ter merecido aquele “castigo”, “Ensinai-me e me calarei; e fazei-me entender em que errei. Quão poderosas são as palavras da boa razão! Mas que é o que a vossa acusação reprova?” (Jó 6.24-25), Jó ainda pergunta o que eles reprovavam, ou sejam, do que eles o acusavam para ter merecido aquela situação. Muitas vezes também enfrentamos essas situações em nossas vidas, pessoas próximas que nos acusam sem ao menos ter de fato algo para usar como acusação. Pessoas que se dizem amigos, mas que quando estamos em dificuldades e precisando de ajuda, desaparecem como o gelo no calor, simplesmente se esvaem, somem, e quando olhamos, estamos sozinhos, os “amigos” não estão mais ao nosso lado.
Precisamos compreender que nós, seres humanos, temos uma essência preciosa, a essência de Deus em bondade, amor, caridade, porém, o pecado distorceu nos fazendo cometer o abandono, acusações, a maldade. Com isso, os seres humanos se tornaram egoístas pensando neles mesmos e não nos demais, não pensamos em “nós”, como pessoas, pensamos em “nós” como uma única pessoa, não importando o outro somente o próprio “eu”. Isso nos distanciou uns dos outros, nos levou a sermos individuais e egocêntricos, nos afastando até mesmo de Deus. Mas Jesus veio, nos salvou, e nos ensinou que podemos sim voltar ao primeiro amor, voltarmos a sermos o que Deus nos criou para sermos, pessoas amáveis, uma família.
O verdadeiro amigo não nos abandona, a verdadeira família não nos desampara, e Deus nunca nos deixa, Ele está sempre ao nosso lado pronto para nos ajudar, basta nos rendermos e pedirmos que Ele faça parte da nossa vida.
Jesus é o verdadeiro amigo que está a nossa espera de braços abertos para nos apoiar, ajudar, perdoar, e nos amar!










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