Jó 1 – Integridade diante de Deus




Jó 1 – Integridade diante de Deus

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó. Era homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal”. Jó 1.1.

Ser íntegro e reto, significa ser justo. Buscar o bem, buscar fazer e praticar justiça, ser incorruptível.
Temer a Deus não significa ter medo de Deus, mas sim, ter profundo respeito e obediência às leis e ensinamentos do Senhor. Temer a Deus é como temer ao nosso pai, nós obedecemos porque amamos, porque nosso pai nos ensina o que é certo e como viver corretamente para o nosso bem, assim é o Senhor para conosco, um Pai que nos ama e nos ensina.

Jó temia ao Senhor e se também se preocupava com seus filhos, “e sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava: e, levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talves meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o azia Jó continuamente”. Jó 1.5.
Jó é um exemplo de pai dedicado e preocupado com a vida de seus filhos. Ele ensinou os filhos a seguirem os ensinamentos do Senhor, a serem tementes a Deus, porém, ainda assim, ele se preocupava com a salvação deles, temia que durante as festas que davam, pudessem de alguma maneira fazerem algo que desagradasse o coração de Deus e por isso, oferecia holocaustos ao Senhor para purificar os filhos. Um pai que sempre estava ao lado dos filhos para orientar e ajudar no que fosse preciso, um pai dedicado e que buscava dar o melhor exemplo para que os filhos não se desviassem para o mau caminho.

Deus mostra para nós que nos conhece e reconhece nossa dedicação e vida, que se alegra quando estamos nos esforçando para obedecê-Lo e seguir Seu exemplo de integridade e justiça. “Notaste, porventura meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal? Jó 1.8.
Deus nos conhece por nosso nome, conhece o coração de cada pessoa. Ele chama Jó pelo nome e descreve como ele é, ainda diz que, “não há ninguém semelhante a ele”, que maravilha ser reconhecido por Deus como uma pessoa reta e digna, honesta, íntegra e que tem uma vida que dá satisfação ao nosso Pai Celestial. Jó era um exemplo que muitos deveriam seguir, e um exemplo no qual devemos nos espelhar.

Ainda nas aflições que Jó enfrentou, com a perda dos filhos e riquezas, ele não se voltou contra Deus. Um exemplo a ser admirado e seguido, “Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a sua cabeça e , lançando-se em terra adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma”. Jó1.20-22.

Quantas vezes vemos pessoas que por perderam coisas insignificantes, blasfemam contra Deus? Quantas vezes vemos pessoas que atribuem a Deus as coisas ruins que acontecem a elas? “Ninguém, sendo tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e Ele a ninguém tenta”. Tiago 1.13.

Deus não faz o mal para ninguém, pelo contrário, Ele somente faz o bem para todos nós, tanto que enviou Jesus, Seu único Filho para morrer por nossos pecados.
Deus quando criou os anjos, deu a eles liberdade de escolha também, assim como a nós, os anjos também são livres, e devido a isso, têm a escolha se querem ficar ao lado de Deus ou não. Satanás, que antes era um querubim, sentiu inveja de Deus e quis ser igual a Deus. A soberba em seu coração o levou a pecar contra o Senhor, a se rebelar e se tornou mal. Deus não criou o mal, mas não interferiu na escolha que Satanás fez em se tornar mal. E outros anjos que seguiram o caminho contra o Senhor, também escolheram não se arrepender. Infelizmente, vivemos no mundo que é governado pelo pecado, pela malícia que Satanás impõe aos homens, e que muitas vezes a humanidade prefere seguir essas maldades a se arrepender, e o pior, ainda culpam a Deus pelo mal que acontece.
Jó é um exemplo para nós de que não devemos culpar Deus por tudo, pois, nem tudo o que acontece é da parte do Senhor.
Jó nos dá exemplos a serem seguidos e também, nos mostra o motivo do ódio que o inimigo de Deus tem para conosco, homens, criados à imagem e semelhança do Senhor.

1° Exemplo – Integridade:
Jó era um homem que buscava sempre ser íntegro. Ele se esforçava e vivia honestamente. Não era soberbo, não queria mais do que tinha, não inveja o que os outros possuíam, não era orgulhoso por ser um homem de certo status social, não era arrogante, não se achava melhor que ninguém, não olhava para os outros com desprezo, praticava a justiça, era bondoso, tinha amor pela família, se preocupava com os filhos, respeitava as pessoas. Ele era um homem cheio de retidão, que obedecia e tinha profundo respeito por Deus.
Deus reconhece tudo isso quando diz que não havia ninguém semelhante a Jó na terra, e podemos ver que Deus reconhece isso novamente e nos lembra da vida de Jó como exemplo quando em Ezequiel, o Senhor fala com o profeta sobre o motivo do povo de Israel estar sendo castigado no cativeiro, quando os israelitas levaram idolatria para Israel e se desviaram do Senhor. Naquela época, quando Nabucodonosor invadiu Jerusalém, (pois o Reino do Norte já havia sido destruído devido a idolatria que cometiam), o profeta Ezequiel, usado por Deus alertou o povo também, como fizeram outros profetas, e Deus, nos diz algo que nos faz meditar, em Ezequiel 14.14 diz: “ainda que estivessem no dela estes três homens, Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça, livrariam apenas a sua própria vida, diz o Senhor”. Ou seja, os homens estavam praticando toda sorte de maldade e pecado, e Deus, para purificar a terra, (assim como fez no dilúvio), se destruísse a cidade, e esses três homens morassem nela, somente os três seriam preservados, nem mesmo filhos e família seriam salvos, “ainda que esses três homens estivessem no meio dela, vivo Eu, diz o Senhor Deus, que nem a filhos nem a filhas livrariam; eles só ficariam livres; a terra, porém seria desolada” (Ezequiel 14.16). E no versículo 20, Deus ainda afirma, “tão somente livrariam as suas próprias vidas pela sua justiça”,  ou seja, quem é integro e justo, é salvo das consequências que o mal trás, a morte.
Jó é um exemplo de homem a ser seguido, pois a sua vida nos ensina como agradar o coração do Senhor e como ser um ser humano correto, digno, como viver verdadeiramente com retidão.

2° Exemplo – Ter intimidade com Deus:
Jó tinha intimidade com Deus, ele sempre buscava fazer o melhor de si e por seus filhos e família. Era um exemplo para sua casa e servos. Estava sempre meditando e cuidava para que seus filhos não cometessem blasfêmia contra Deus. Se preocupava com a vida dos filhos, tanto a material para não faltar nada a eles, mas principalmente com a espiritual, pois sempre oferecia holocaustos a Deus em favor dos filhos, para que Deus pudesse perdoar qualquer falta que eles cometessem.
Sabemos, porém, que a salvação é individual e pessoal. Uma vez que para ser perdoado dos pecados, precisamos nos arrepender verdadeiramente. Israel, no tempo de Jesus e também antes, desde a saída do Egito, quando foi dado a Moisés as orientações para construção da Arca da Aliança e Tabernáculo, foi também dado a orientação de como deveriam ser feito os sacrifícios para expiação dos pecados, porém, sacrificar um animal para expiação dos pecados não valia de nada se a pessoa que o oferecia não estivesse verdadeiramente arrependido de ter pecado. Assim é hoje, muitos dizem que são “crentes”, “evangélicos”, “cristãos”, “tementes a Deus”, mas, em seu coração, não se arrependem verdadeiramente dos pecados que comentem, e muitos, (infelizmente), usam esses nomes como títulos para se sentirem melhores que outras pessoas, para se sobreporem a outras pessoas, agem como os fariseus no tempo de Jesus, e anulam o sacrifício de Cristo, uma vez que usam isso para dizerem que são “melhores que os outros”, mas na verdade são sepulcros podres por dentro, são pessoas que não praticam justiça, não vivem dignamente, não se preocupam com a salvação de verdade. Essas pessoas, não seriam livres como Noé, Daniel e Jó da assolação que o pecado trás para a vida daqueles que não vivem corretamente.
Ter intimidade com Deus, é estar sempre conversando com o Pai, mesmo errando, estar em oração, buscar conhecer o Senhor, “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço benevolência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Jeremias 9.24.
Quando conhecemos nossos pais, sabemos o que realmente os agrada. Sabemos quando fazemos algo que acabaremos levando uma bronca dos nossos pais, porque aquilo não os agrada. Assim é para com o Senhor. Quando temos intimidade com Deus, Ele se torna nosso Pai, e quando conhecemos nosso Pai, sabemos quais atitudes agradará Seu coração, quais atitudes nos fará pecar contra Ele, e quais nos fará nos aproximarmos mais d’Ele.
Todo pai de verdade está disposto a fazer de tudo pelo filho, Deus entregou Jesus para morrer na cruz para nos salva, que Pai faria isso? Deus não é um Pai ruim por ter feito isso, Pois o Pai é o Deus Criador, Jesus é o Deus homem, que veio em forma humana para viver e nos mostrar que é possível viver conforme os ensinamentos do Senhor, e o Espírito Santo é o Consolador que vive em nós para nos orientar e consolar, que fala conosco quando precisamos e a todo momento se abrirmos nossos ouvidos para ouvir. Ter intimidade é viver constantemente buscando conhecer e entender o que o Senhor tem para nossa vida, uma vida de paz e alegria.

3° exemplo – Não culpar Deus:
Jó não culpou Deus em nenhum momento. Ele sabia que se aquilo aconteceu, era porque deveria ter acontecido.
Deus permitiu essas aflições na vida de Jó para mostrar a nós que muitas vezes as coisas acontecem por consequência do pecado que comentemos, que outros cometem e afetam nossas vidas, ou para nos usar para tocar a vida de outros. Ao final do livro de Jó, os três amigos dele são repreendidos porque o julgavam pecador e merecedor do sofrimento, e então Deus mostra que Jó não merecia sofrer, porém, usou a aflição dele para mostrar àqueles homens o quanto eles (os amigos) eram mesquinhos, invejosos, e julgavam o que viam e não o que realmente acontecia. Muitas vezes acontece isso em nossas vidas, não entendemos o porquê de certas a coisas acontecerem, mas ao final, entenderemos que é para um bem para nós, e para outros. Como filhos de Deus, devemos sempre dar o exemplo de como é viver com o Senhor, seguindo seus ensinamentos e juízos, recorrer a Ele nas aflições, e estar ao lado d’Ele nas alegrias.
O mal não vem de Deus, mas existe, e Deus nos deu a liberdade de vivermos conforme a nossa vontade, de fazermos as nossas escolhas, e devido a isso, a consequência dessas escolhas, muitas vezes ruins, trás para nossa vida o mal. Às vezes, essas consequências afetam a vida de outras pessoas. Não é, Deus permitiu acontecer, mas sim, as pessoas se deixaram ser levadas pelo maligno e preferem viver sem dignidade, sem amor e respeito ao próximo. Isso é triste, mas é a verdade, Deus não interfere em nossas escolhas, mas quanto mais perto d’Ele estamos, quanto mais intimidade temos com o Espírito Santo, mais ouvimos Sua voz nos ensinando o caminho a seguir.
Não podemos culpar Deus de tudo, nós fazemos, nós precisamos aprender a enfrentar as consequências, e muitas vezes, nós precisamos passar por aflições para lembrar de que temos um Pai que cuida de nós e está ao nosso lado para nos ajudar, e também, precisamos saber que Deus usa a nossa vida de exemplo para salvar a vida de outras pessoas.

Quando Satanás falou para Deus tirar tudo de Jó, não era somente uma provocação ao Senhor, e o Senhor não “caiu” na provocação, Deus permitiu que aquilo acontecesse, porque o Senhor conhecia o coração de Jó e sabia que ele era fiel, e que não pecaria contra o Senhor Deus. Satanás ainda faz isso hoje em dia, colocando pessoas invejosas próximas a nós, pessoas que tentam destruir nossos sonhos, nossas realizações, que nos prejudicam no trabalho, faculdade, até mesmo dentro da igreja. A inveja, a soberba por ter um cargo, a arrogância, o orgulho, tudo isso o inimigo usa contra nós para pecarmos contra Deus, mas, podemos e precisamos nos espelhar em Jó, que em nenhum momento, mesmo no mais difícil quando ele pede que Deus tire-lhe a vida, ele não pecou e não blasfemou contra o Senhor.
Integridade de coração, é o que Deus procura e deseja de nós, seus filhos, criados à sua imagem e semelhança, com amor e dedicação. Salvos por Cristo Jesus.




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