Jó 11 – Arrogância humana em se sentir melhor que o próximo
Jó 11 – Arrogância humana em se sentir melhor que o próximo
“Não se dará resposta
à multidão de palavras? Ou será justificado o homem falador? Acaso as tuas
jactâncias farão calar os homens? E zombarás tu sem que ninguém te envergonhe? Pois
dizes: A minha doutrina é pura, e limpo sou aos Teus olhos. Mas, na verdade,
oxalá que Deus falasse e abrisse os Seus lábios contra ti, e te fizesse saber
os segredos da sabedoria, pois é multiforme o seu entendimento; sabe, pois, que
Deus exige de ti menos do que merece a tua iniquidade. Poderás descobrir as
coisas profundas de Deus, ou descobrir o Todo-Poderoso? Como as aturas do céu é
a Sua sabedoria; que poderias tu fazer? Mais profunda é ela do que o Seol; que
poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do
que o mar. Se Ele passar e prender alguém, e chamar a juízo, quem O poderá
impedir? Pois, Ele conhece os homens vãos; e quando vê a iniquidade, não
atentará para ela? Mas o homem vão adquirirá entendimento, quando a cria do
asno montês nascer homem.” Jó 11.2-12.
As pessoas têm feito discursos falsos de arrependimento para envergonhar os demais, dizendo e acusando os outros como se eles fossem santos e puros. Muitas vezes esses discursos são motivados pela inveja, cobiça, desejos gananciosos. Precisamos ter cuidado com quem conversamos, para quem contamos as coisas, e principalmente, ter cuidado para não sermos levados a nos enganarmos com discursos de pessoas que dizem o que elas querem e não o que o Espírito Santo orienta.
Vemos aqui como o amigo de Jó usa um discurso de exortação para
fazê-lo se arrepender de suas palavras, porém, com um fundo de acusação e
humilhação para com Jó. Vemos que movido a inveja e talvez até mesmo a cobiça,
ele acusa Jó de estar sofrendo “pouco” perto que ele merecia, “Deus exige de ti menos do que merece a tua
iniquidade”, quem somos nós para julgarmos quão merecedor cada um é de
sofrer devido ao pecado que comete? Muitas vezes agimos como Zofar agiu,
julgando que o sofrimento alheio é pouco perto do que aquela pessoa merece.
Somos assim, nos julgamos melhores que os outros, não olhamos com amor, não olhamos
com os olhos do Senhor, nenhum de nós age diferente. Podemos não agir assim
sempre, porém, em algum momento já fizemos, fazemos, ou iremos fazer. Quando
vemos notícias sobre atrocidades cometidas contra as pessoas, julgamos quem as
cometeu, a Bíblia diz que todos devem pagar pelos crimes, que todo pecado tem
uma consequência, (assim como todas as escolhas), e acabamos julgando a
situação, porém, seguindo os ensinamentos do Senhor, devemos cumprir a lei, sim
devemos, mas como cristãos, não podemos julgar o coração do homem porque nós
homens não o conhecemos, somente Deus conhece.
Muitas vezes agimos no impulso, outras agimos pela emoção,
mas sempre acabamos cometendo algum julgamento. Precisamos ter o cuidado para
não cairmos na cilada do inimigo e nos deixarmos cometer o erro de nos acharmos
melhores que os outros, todos nós estamos sujeitos a errar, devemos pedir
orientação a Deus para não cometermos o ato arrogante de achar que porque
seguimos os ensinamentos do Senhor, podemos dizer quem é ou não merecedor de
salvação ou condenação.
Já vi muitas pessoas que se dizem cristãs julgando os outros
dizendo que fulano não é convertido, que fulano precisa se converter, quem
somos nós para dizermos isso? Que arrogância é essa que nos leva a nos considerarmos
santos e julgarmos os outros acusando-os de não serem convertidos? “A minha doutrina é pura, e limpo sou aos Teus
olhos.” Quem somos nós para nos julgarmos puro? A santidade é algo que
devemos buscar constantemente, estar sempre pedindo a Deus para nos ensinar a
sermos puros diante d’Ele.
O que é ser santo? O que é santidade? O que é ser puro? Muitas
vezes falamos isso durante cultos, que queremos ser transformados, alcançar a
santidade, mas o que é ser transformado? E ser transformado por quem? São
perguntas que precisamos fazer para nós mesmos, o que realmente temos buscado?
Por que criticamos as pessoas e a julgamos inferiores a nós, ou as condenamos
pelas atitudes que têm? Que tipo de cristãos temos sido?
“Como as aturas do céu
é a Sua sabedoria; que poderias tu fazer? Mais profunda é ela do que o Seol;
que poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga
do que o mar. Se Ele passar e prender alguém, e chamar a juízo, quem O poderá
impedir? Pois, Ele conhece os homens”, Deus é infinito. Onipresente.
Onipotente. Oniciente. Quem somos nós para definir, ordenar, ou não aceitar o
que Ele decide? Deus nos dá a liberdade de escolha, mas quando Ele ordena, nada
e ninguém muda. Quem somos nós para sermos arrogantes a ponto de dizer a Deus
que não aceitamos alguma coisa? Quem somos nós para dizer que ordenamos que
Deus faça algo que nós queremos? Não somos ninguém! Não somos nada! Somos
somente pó da terra que voltará para a terra.
Não podemos nos deixar ser levados pela presunção,
precisamos sempre nos lembrar que Deus é Deus, e que nós dependemos d’Ele para
tudo. Ele é nosso Pai. Nosso Salvador. Não podemos esquecer que embora tenhamos
dificuldades, Jesus sempre está ao nosso lado. Somos o templo do Espírito Santo
e temos que cuidar para que o Espírito habite em um templo limpo e não cheio de
mágoas, ressentimentos, ganância, presunção, ódio. Deus é amor e amar o próximo
e ao Senhor são os maiores mandamentos que Jesus nos ensinou.
Tenha intimidade com Deus para se abrir e pedir que Ele tire
o que não é bom e o que não O agrada da sua vida. Quando nos abrimos e pedimos
isso, Ele nos ouve e atende, Deus trabalha em nossas vidas se assim dermos a
Ele liberdade para nos transformar, “E a
sua vida será mais clara que o meio-dia; a escuridão dela será como a alva.”
(Jó 11.17). Deus é o único que pode dissipar toda a escuridão e dar a luz para
nossos pés caminharem na direção certa. Abra o coração para receber Jesus e
deixe ser transformado por Ele.
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